Diálogos PPI com Investidores reúne seleto grupo na B3 para debater boas práticas sobre a infraestrutura do futuro

Diálogos PPI com Investidores reúne seleto grupo na B3 para debater boas práticas sobre a infraestrutura do futuro

Atualizado em 25/09/2024

O futuro da infraestrutura precisa estar alinhado com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Isso inclui não apenas a proteção do meio ambiente, mas também a garantia de que os recursos são usados de maneira eficiente e que as gerações futuras possam atender suas próprias necessidades. Pensando nessa temática, a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República (SEPPI-CC-PR), em parceria com a B3, reuniu grandes nomes dos setores público e privado no dia 20 de setembro, no auditório da B3, em São Paulo, para a segunda edição do evento Diálogos PPI com Investidores.

Na abertura do evento, Guilherme Peixoto, Superintendente de Licitações da B3, destacou a colaboração entre a B3 e o PPI para unir esforços na promoção da comunicação e da transparência entre os setores público e privado. “Após o grande sucesso da primeira edição, retornamos ao Diálogos com Investidores. Reconhecemos a importância do PPI para viabilizar grandes decisões em busca de novas ações. O futuro da infraestrutura depende de parcerias sólidas que equilibrem crescimento econômico, inovação e sustentabilidade, e é exatamente essa a proposta do nosso trabalho conjunto”, ressaltou Guilherme Peixoto, reforçando o importante papel da união de esforços para fomentar projetos de impacto.

O Secretário Especial do PPI, Marcus Cavalcanti destacou as realizações do PPI.  Cavalcanti informou que até o momento, os 70 investimentos leiloados e os ativos que firmaram contratos já ultrapassaram a marca de R$ 110 bilhões. Ele observou: “Apesar do dinamismo de nossa carteira, com investimentos sendo contratados e os 189 projetos em andamento, precisamos continuar avançando para manter o fluxo. E uma observação constante é sobre como podemos fazer isso, unificando o avanço da infraestrutura e a sustentabilidade”, observou o Secretário Especial.

Cavalcanti também enfatizou as novas diretrizes governamentais e o papel do PPI no apoio aos investidores. “Em nossa administração do PPI, estabelecemos uma agenda de Diálogos para trocar experiências, tanto com os estados e municípios, que possuem uma vasta experiência em concessões de Parcerias Público-Privadas, quanto com o setor privado”. Essa agenda nos possibilita colher mais informações e percepções de todos os nossos stakeholderes para otimizar o nosso trabalho, ressaltou Cavalcanti.

O evento ressaltou a importância de unir os setores público e privado para fomentar uma infraestrutura mais sustentável, com foco em inovação, eficiência e desenvolvimento econômico, sempre em consonância com os objetivos globais de sustentabilidade.

O primeiro painel do evento tratou sobre as oportunidades e desafios para a construção de um portfólio sustentável. O mediador Andrey Goldner Secretário Adjunto de Projetos Especiais do  PPI trouxe importantes avaliações sobre o futuro da infraestrutura sustentável e os avanços necessários para garantir a transição para uma economia mais verde. Durante o painel, especialistas de diversos órgãos institucionais compartilharam suas perspectivas e iniciativas em andamento.

Leandro Albuquerque, representante do Ministério de Minas e Energia, abriu sua fala destacando o papel crucial da transição energética no Brasil. Ele ressaltou que o país está explorando novas fronteiras em busca de uma energia mais limpa e eficiente. Segundo Albuquerque, o foco tem sido na ampliação do uso de energias renováveis, como solar e eólica, além de iniciativas para modernizar a infraestrutura energética, tornando-a mais resiliente e sustentável. “Estamos diante de um momento chave, em que a inovação e o compromisso com uma matriz energética mais verde podem colocar o Brasil na vanguarda global”, afirmou.

José Humberto Chaves, do Serviço Florestal Brasileiro, trouxe à mesa o tema das concessões florestais como uma estratégia essencial para o desenvolvimento sustentável. Ele enfatizou que os projetos de restauração florestal e o mercado de créditos de carbono não apenas contribuem para a preservação ambiental, mas também representam uma alavanca importante para o desenvolvimento regional. “A restauração de áreas degradadas e o incentivo ao crédito de carbono têm o potencial de transformar comunidades locais e promover um ciclo virtuoso de preservação e desenvolvimento econômico”, disse Chaves, destacando a importância do engajamento do setor privado em tais projetos.

Encerrando o debate, Leonardo Ribeiro Nitta, do Banco do Brasil, abordou as perspectivas e oportunidades que o mercado de crédito de carbono oferece. Nitta destacou o crescimento exponencial desse mercado e seu papel estratégico na promoção de uma economia de baixo carbono. Ele mencionou que o Banco do Brasil tem trabalhado para facilitar o acesso a recursos que incentivam empresas a adotarem práticas mais sustentáveis e a participarem ativamente do comércio de créditos de carbono. “O mercado de crédito de carbono não é apenas uma tendência, mas uma realidade que veio para ficar, e as instituições financeiras têm um papel fundamental na catalisação desse movimento”, concluiu.

O painel foi marcado por um consenso entre os participantes sobre a necessidade de integrar sustentabilidade e desenvolvimento econômico, criando oportunidades para investidores que desejam alinhar seus negócios com uma agenda ambientalmente responsável.

Já o segundo painel foi apresentado pelo assessor especial do PPI, Alexandre Carneiro. O gestor mencionou a importância da discussão acerca do futuro da infraestrutura sustentável e os avanços necessários para garantir a transição para uma economia mais verde. Durante o painel, especialistas de diversos órgãos institucionais compartilharam suas perspectivas e iniciativas em andamento.

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, iniciou sua fala apresentando o projeto EcoInvest, uma iniciativa voltada para a mobilização de capital externo com o objetivo de viabilizar a transição ecológica no Brasil. Ele enfatizou que o país possui um potencial significativo para atrair investimentos internacionais em projetos verdes, especialmente em áreas como energia renovável, preservação florestal e descarbonização. “O EcoInvest surge como uma ferramenta chave para canalizar recursos externos, proporcionando segurança e estabilidade para investidores que querem contribuir para a transformação ecológica do Brasil”, afirmou Ceron, destacando o papel do Tesouro Nacional em criar um ambiente fiscal propício para esses aportes.

Raphael Stein, representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), seguiu a discussão abordando as principais linhas de financiamento voltadas para iniciativas sustentáveis, com ênfase no Fundo Clima e no Fundo Amazônia. Stein explicou que esses fundos são instrumentos cruciais para apoiar projetos que promovem a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento social, especialmente na preservação da Amazônia e no combate às mudanças climáticas. “O BNDES tem se posicionado como um catalisador de iniciativas que promovem o equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental. O Fundo Clima e o Fundo Amazônia são exemplos de como podemos financiar soluções que atendam a essas demandas”, ressaltou.

Encerrando o painel, Gustavo Valente, representante do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS), enfatizou a importância de estruturar projetos sustentáveis que estimulem o desenvolvimento da infraestrutura regional no Brasil. Ele destacou que o FDIRS tem priorizado investimentos em setores estratégicos, como transporte, saneamento e energia limpa, sempre com foco na sustentabilidade. “A infraestrutura regional sustentável não é apenas uma questão de necessidade econômica, mas uma oportunidade para repensar como o Brasil pode crescer de forma equilibrada e inclusiva, respeitando o meio ambiente”, afirmou Valente, reforçando que a estruturação de projetos sólidos e bem planejados é essencial para garantir o sucesso dessas iniciativas.

As novas medidas foram recebidas com entusiasmo pelo público presente. A próxima edição será realizada em 2025, ainda sem data definida. Marcus Cavalcanti encerrou o evento, agradecendo a participação de todos e destacou a importância do diálogo para a criação de novas oportunidades para o crescimento econômico alinhado com a preservação ambiental. A proposição trouxe inovações e boas práticas nas diretrizes e procedimentos de políticas públicas, fruto da própria atribuição do PPI e da Casa Civil da Presidência da República.

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